Crédito rural do Plano Safra 2024/25 já soma R$ 330,9 bilhões

O volume de recursos liberados no âmbito do Plano Safra 2024/2025 já atinge R$ 330,93 bilhões em contratações. O montante representa uma aceleração no ritmo de desembolsos, com crescimento de 11% em relação ao mês anterior, segundo dados atualizados do Ministério da Agricultura e Pecuária.

O destaque fica para o desempenho do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), que segue em expansão e já responde por 202.137 contratos firmados, somando R$ 53,48 bilhões. Só nas modalidades de custeio e investimento, o programa movimentou R$ 47 bilhões e R$ 6,48 bilhões, respectivamente. A performance do Pronamp cresceu tanto em número de operações quanto em valores liberados, refletindo a demanda crescente de médios produtores por crédito estruturado.

Entre julho de 2024 e maio de 2025, os financiamentos de custeio rural lideraram o total desembolsado, com R$ 155,07 bilhões. Em seguida aparecem os financiamentos de comercialização e industrialização, que somam R$ 70,9 bilhões, enquanto os investimentos em infraestrutura e modernização somaram R$ 56,97 bilhões no mesmo período.

Esses valores equivalem a 68% da programação financeira prevista para a safra atual. Em termos comparativos, o total liberado representa 82% dos R$ 332,5 bilhões desembolsados no mesmo intervalo da safra ada (2023/24), mantendo o ritmo estável de crédito oficial mesmo em um cenário de juros ainda elevados e margens de rentabilidade pressionadas para algumas cadeias do agro.

A diferença, segundo o Ministério da Agricultura, é compensada pela crescente preferência de produtores por outras modalidades de financiamento, como as Cédulas de Produto Rural (Rs). Até abril deste ano, foram registradas emissões de R$ 331,4 bilhões via Rs, com R$ 150,5 bilhões voltados a instituições financeiras e R$ 180,9 bilhões direcionados ao mercado de capitais — um incremento de R$ 116,2 bilhões em comparação com o mesmo período da safra anterior.

Fontes com taxas controladas e equalização de juros também apresentaram desempenho superior à safra ada. A Poupança Rural Controlada cresceu 24%, os recursos equalizados do BNDES avançaram 13%, e os Recursos Livres Equalizáveis deram um salto de 181%. Já entre as linhas com taxas livres, a Poupança Rural Livre teve aumento de 113%.

Nos programas de investimento que contam com equalização, ainda há margem de 29% dos recursos a serem comprometidos. Já nas linhas de custeio e comercialização com equalização de juros, o saldo restante é de 14%. Esses números indicam que o setor produtivo segue firme em seu apetite por crédito rural, com espaço significativo para novas operações nos próximos meses.

Fonte: Pensar Agro