Adriane Lopes afirma que servidores municipais não terão reajuste pelo 3º ano consecutivo

Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

Cabe ressaltar que, desde 2022 os funcionários da Prefeitura Municipal de Campo Grande não recebem reajuste linear, que é a reposição da inflação.

Na manhã desta segunda-feira (10), durante uma coletiva de imprensa, a prefeita Adriane Lopes (PP) afirmou que, pelo terceiro ano consecutivo, os servidores municipais não receberão o reajuste linear previsto na Constituição Federal.

“Esse ano não teremos reajuste para todas as categorias dos servidores municipais, mas teve pontualmente para algumas categorias que estavam em déficit desde o ano ado”, disse.

Cabe ressaltar que, desde 2022 os funcionários da Prefeitura Municipal de Campo Grande não recebem reajuste linear, que é a reposição da inflação. Além disso, a data-base para essas negociações era maio, o que significa que elas se entenderam ao longo do mês, mas o Poder Executivo Municipal optou por não reajustar.

Conforme divulgado pelo Correio do Estado, no dia 5 de maio, a prefeita itiu a reportagem que havia uma possibilidade de reajuste, entrtetanto, não estipulou datas e afirmou que essa pauta estava sendo estudada e haveria uma reunião com a comissão de secretários para definir o avanço.

“Essa decisão faz parte de um estudo técnico, e nos próximos dias, nós pretendemos anunciar qual medida será adotada diante dos dados levantados no mês de maio, para só então tomar a decisão”, afirmou a Adriane na época.

O último reajuste foi de 10%, concedido na gestão de Marquinhos Trad (PDT), que é atual vereador de Campo Grande. Desde a posse de Adriane, o funcionalismo municipal não teve mais reajuste linear.

PREFEITA JÁ TEVE REAJUSTE
Mesmo com a negativa de reajuste linear para os servidores,  no último dia 24 de abril, foi publicada no Diário Oficial de Campo Grande – ( Diogrande), e sancionada a lei que estabeleceu o reajuste escalonado dos salários da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), da vice-prefeita Camila Nascimento, de secretários municipais, dirigentes de autarquias e de cerca de 500 servidores que recebem pelo teto municipal.

O projeto de lei foi aprovado em regime de urgência, pela Câmara Municipal de Campo Grande, com efeito retroativo a fevereiro, com apenas um voto contrário do vereador e ex-prefeito, Marquinhos Trad (PDT). Segundo ele, a medida beneficiaria apenas um grupo de servidores com altos salários, representando apenas 1,66% do quadro da Prefeitura.

Os secretários municipais e dirigentes de autarquias que recebiam abaixo do teto, também receberam reajuste. Com a sanção da lei, já em abril desse ano, eles aram a receber R$ 19.028,90. Em fevereiro de 2026, o valor ará para R$ 25.511,95, e por último, em fevereiro de 2027, no último ano de gestão de Adriane Lopes, o valor a para R$ 30.142,70.

A medida que já está em vigor desde a data da publicação, também impactou aproximadamente 500 servidores municipais que atingiram o teto remuneratório, entre eles:

Auditores fiscais;
Procuradores;
Profissionais da saúde
Diretores de escola.
Vale lembrar que, esses servidores estavam há mais de uma década sem reajuste salarial, tendo em vista que os salários são vinculados ao subsídio da prefeita.

IMPACTO FINANCEIRO
A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, afirmou que, até 2027, o impacto financeiro total desse reajuste será de R$ 95 milhões. “Para este ano, o custo será de R$ 32,8 milhões, subindo para R$ 73 milhões no ano que vem. O orçamento será ajustado para comportar os novos valores, mantendo a receita corrente líquida comprometida em 51% em 2025 e 2026, e em 52,3% em 2027”, disse.

SERVIDORES ESTADUAIS
Em contrapartida, foi publicada no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul, o reajuste de 5,06% que beneficiou os servidores  estaduais efetivos e comissionados.

O reajuste estadual já foi aplicado a partir de 1º de maio de 2025 e contemplou servidores dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas e do Ministério Público Estadual.

Conforme o governo, o percentual foi definido com base em estudos sobre a recomposição da perda inflacionária no vencimento-base e no subsídio dos servidores, considerando o poder de compra e as disponibilidades financeiras do Estado.

Além disso, de acordo com o Poder Executivo Municipal, a proposta foi elaborada dentro dos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), com o objetivo de valorizar os servidores estaduais, sem comprometer os investimentos em áreas essenciais.

Fonte: Correiodoestado