Cúpula de Juventude do BRICS aponta rumos para políticas públicas para jovens nos países do bloco

O ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, deu início, nesta segunda-feira (9), à 11ª Cúpula de Juventude do BRICS. O evento reúne delegações do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além dos novos membros do grupo, para discutir o papel da juventude no desenvolvimento científico, tecnológico, produtivo e político do Sul Global.

O objetivo da cúpula, que ocorre durante a presidência brasileira do BRICS, é fortalecer a cooperação e o intercâmbio de boas práticas em políticas públicas para a juventude. A agenda do encontro está estruturada em sete eixos prioritários: Educação, Treinamento e Habilidades; Empreendedorismo Jovem; Ciência, Tecnologia e Inovação; Participação Social, Trabalho Social e Voluntariado; Desenvolvimento, combate à fome e às desigualdades; Saúde e Esportes e Meio ambiente e sustentabilidade.

“A juventude é uma fase emblemática no ciclo da vida. Aqueles que têm a felicidade de cumprir, na integridade, o ciclo da vida, a juventude ou é uma esperança a se conquistar, ou é uma fase a ser vivida, ou uma fase que ou e foi determinante para as nossas vidas. Por isso, é fundamental ter políticas públicas que possam alcançar ao conjunto das juventudes no nosso bloco, nos BRICS, que possam alcançar as juventudes de uma forma completa”, disse o ministro Márcio Macêdo na abertura da Cúpula da Juventude, reiterando que as políticas públicas devem chegar às juventudes que estão nas escolas, no mercado de trabalho ou cuidando das famílias, para que outros familiares possam trabalhar com tranquilidade.

“A realização desta cúpula no Brasil reforça o compromisso do país em colocar a juventude como protagonista na construção de um futuro mais justo e próspero para o Sul Global”, afirmou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. “É um espaço institucional para ouvir as demandas da juventude e transformá-las em políticas públicas eficazes, fortalecendo a cooperação e a transferência de tecnologia entre as nações do BRICS”.

Um dos principais resultados esperados do encontro é a de um memorando de entendimento entre os países participantes. O documento estabelecerá uma nova plataforma de cooperação para fortalecer e financiar políticas de juventude, com foco em inclusão, inovação, intercâmbio, desenvolvimento sustentável e diálogo multilateral.

Para o secretário nacional de Juventude, Ronald Sorriso, “o BRICS, é, hoje, a grande força de manutenção das relações multilaterais, a grande força da esperança”. “Países de quatro continentes, de povos das mais diversas culturas e religiões, de realidades ao mesmo tempo comuns e, muitas vezes, distintas, que comungam de um único objetivo, promover o desenvolvimento mútuo e o desenvolvimento de todas as nações. A juventude brasileira está comprometida com estes princípios e caminhará lado a lado, ainda que a distância geográfica exista, entre os nossos países, para que possamos prosperar e assegurar um futuro sólido e virtuoso para o nosso planeta”.

Chefe de gabinete para assuntos de juventude da ONU, Elizeu Chaves Júnior, representou as Nações Unidas no encontrou e afirmou que “a agenda de juventude das Nações Unidas envolve três pilares: paz e segurança, desenvolvimento sustentável e direitos humanos”. “O papel do nosso escritório se baseia nesse critério, tanto para promover dimensões de juventude na agenda de trabalho de todos os organismos das Nações Unidas, como para buscar maneiras de trabalhar com raízes do sistema ONU para que os jovens estejam cada vez mais presentes no processo de segurança”.

A programação da cúpula, que se encerra amanhã, 10, inclui painéis de debate, grupos de trabalho e a apresentação de recomendações dos jovens diretamente aos representantes governamentais do BRICS, conhecidos como sherpas, e aos vice-ministros de finanças do bloco.

Juventude Energia do BRICS

O ministro Márcio Macêdo também participou, no início da tarde, do lançamento do Panorama da Juventude de Energia do BRICS. Ao discursar no evento, ele defendeu que a diversidade energética do BRICS permite complementariedades estratégicas, fortalece a cooperação em inovação, sustentabilidade e segurança energética e reforça a autonomia do bloco frente a outros agrupamentos geopolíticos.

“O BRICS tem potencial para liderar a transição energética global, especialmente no Sul Global, e as nossas juventudes devem ter um papel central nesse processo. A juventude é essencial para o empreendedorismo e a formação de redes de conhecimento no BRICS. Nossos jovens estão na linha de frente da inovação tecnológica, propondo soluções criativas para os desafios da transição energética. Jovens empreendedores e pesquisadores do Brasil e demais países do BRICS têm impulsionado startups e projetos sustentáveis nas áreas de energia solar, eólica, mobilidade elétrica e eficiência energética. Precisamos apoiar cada vez mais nossas juventudes”, declarou.

Ele ainda ressaltou que “as novas gerações têm uma consciência ambiental mais aguçada e cobram ações concretas de governos e empresas”. “Os jovens atuam como força de mobilização social em defesa de uma economia de baixo carbono e de justiça climática. A juventude também está engajada em projetos que unem energia limpa com inclusão social, levando soluções a comunidades vulneráveis e promovendo geração de renda. Essa atuação fortalece uma transição energética justa e ível para todos”, reforçou.

Fonte: Secretaria-Geral